É
eu me rendo. Preciso parar de fumar. A despedida não vai ser fácil, estou acostumada
com a fumaça, que me fez companhia em muitas ocasiões e ainda me faz.
Mas
não posso virar as costas ao fato provado e comprovado que fumar faz mal não só
ao corpo, mas ao convívio social.
Poderia
aqui me conclamar avessa ao “politicamente correto”, dizer que não me importa o
que pensam os outros de mim. Não me importa mesmo, mas percebi que, de alguma
forma, fumar ficou mais importante para mim do que conviver.
Então,
é hora de parar.
Tomada
pela consciência do meu vício, e de que eu não conseguiria parar sozinha,
marquei médico (claro, adoro uma consulta), com a finalidade única e exclusiva, uma
redundância proposital para dar ênfase ao meu intuito, de pedir ajuda, algum
método que tornasse menos dolorosa a separação.
Parece
que fui ao lugar certo. Após alguma conversa com a média Dra. Júnia - que
consegue falar mais baixo do que eu - tive uma sensação de que pode dar certo.
Fiz
um raio-x do meu tórax, tudo perfeito.
Agora
só falta marcar o dia. O dia em que terei que jogar tudo fora, meus cinzeiros, isqueiros,
cigarros. Em lugar onde não possa recuperá-los, como no lixo da cozinha, por
exemplo.
Li,
certa vez, que parar de fumar é como perder um amigo. Para quem não fuma, essa
afirmação parece ser uma blasfêmia.
Espero
que seja.
Porque,
na verdade, estou morrendo de medo.
Consulta
marcada para o dia 5 de maio. Na consulta marcaremos a data final. A data em
que eu me ajustarei, finalmente, aos costumes vigentes.
Quem
sabe minha vida mude, quem sabe continue a mesma.
Pelo
menos vou me livrar do apelido de bebe
fumante.
Antes tarde doq ue nunca já dizia o filósofo!!! Todo apoio do mundo!
ResponderExcluirJá é um começo .
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