Hoje escutei de relance alguém dizendo, com orgulho, a seguinte frase: “Eu xingo advogado!”.
Extrema falta de educação, foi somente o que disse a ela.
No caminho de casa, para variar, fiquei matutanto o porquê de uma pessoa se sentir a vontade para xingar outra apenas pela sua profissão. Porque? Ainda mais pelo fato de eu estar diretamente envolvida na questão.
Imaginei pessoas me xingando do nada na rua, simplesmente por eu ter me formado em direito, ter feito minha inscrição da OAB e, hoje, sair por aí advogando.
Pânico.
Eu deveria, a partir de então, esconder minha profissão nas rodas sociais, mentir para os desconhecidos. Poderia dizer que era engenheira, professora, psicóloga, jornalista, acho que seria facilmente confundida com uma bancária. Mas e se fosse descoberta? Se alguém do trabalho me reconhecesse e denunciasse meu verdadeiro ofício?
Desisti.
Mesmo pensando na possível existência de grupos de extermínio contra advogados, resolvi que iria me assumir de peito aberto, mesmo com a possibilidade de ser maltratada na padaria.
Pus-me a pensar, novamente.
A princípio na colega sergipana que trabalha no Tribunal como serventuária da justiça, presta concurso para a magistratura, pratica Pilates e gosta de xingar advogados.
Ela disse que se sente a vontade para isso, mas será que se sente mesmo, ou falou acreditando na inexistência de causídicos no recinto?
Cheguei em casa sã e salva. Curiosamente, ninguém me disse palavras ofensivas no caminho.
PS: Penso em mudar o nome do blog para Má Contra o Mundo.
Ma, não mude não, o mundo sempre será assim, vamos tentar fazer um mundo melhor, esta é a nossa parte, beijos.
ResponderExcluirMa, adorei!!!Bjs
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