segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A viagem de ônibus


Ontem, dia 25 de dezembro, Natal. Voltei de bauru a Campinas de ônibus. O que significa dizer cerca de 6 horas de viagem exposta aos mais diversos ruídos insuportáveis, como pessoas mexendo em sacos plásticos (odeio esse barulho), crianças chorando, um chato escutando música no celular sem fone de ouvido, e por aí vai.

Nos primeiros quilômetros dormi, até que deu para tirar um cochilo legal considerando o carro em movimento, calor de rachar o coco, o que por si só já é um sonífero. O problema foi quando acordei.

Leitura era inviável, quando acordei já estava de noite, resultado: cabeça vazia oficina do diabo. Passar horas a fio num “busão” contemplando a paisagem é o tipo de situação que bota um cabra para pensar.

Então pensei, em besteira, é claro.

Me veio na cabeça uma crônica escrita por um amigo que dizia, em síntese, que as pessoas são extremamente diferentes na internet da vida real. Conclusão que discordo, pois acho podemos identificar o autor de uma mensagem, ainda que anônima, apenas pela linguagem utilizada na escrita.

E então comecei a pensar na pessoas. Algumas são extremamente críticas ao vivo, mas polidas quando se manifestam por escrito. É razoável esse comportamento porque o crítico não o é apenas com os outros, mas consigo também.

Existem os engraçadinhos que só conseguem se comunicar através de gracejos, estes são exatamente iguais na vida real, todos nós conhecemos pessoas assim, incapazes de se mostrar de verdade.

Mas o pior são os malas. Gênero do qual se multiplicam as espécies: tem o mala ecochato, engajado em mudar o mundo atrás do seu MAC confortavelmente instalado em sua sala com ar condicionado; o mala metido a intelectual, que odeia cultura de massa e assiste novela escondido; o mala preocupado com sua privacidade enquanto, paradoxalmente, posta todos os seus passos no facebook; o politicamente correto, que não bebe, não fuma e não fode. Aliás, se utilizado este último termo no sentido literal, pois no sentido metafórico é o que mais faz.

Mas o pior de todos os malas são os falsos religiosos, que pregam uma doutrina que não seguem na prática. Falam da solidariedade e tolerância que não aplicam na própria família. Destes tenho até um pouco de pena, se misturam aos verdadeiros para tentar parecer o que não são.

Valha-me! Se tenho meus defeitos, certamente os tenho, afaste-me dessa arrogância para que eu possa tomar uma dose de whisky numa terça-feira a noite sem sentir culpa. Compenso meus vícios e defeitos me abstendo de prejudicar o próximo por capricho ou por insegurança, por pior que para mim essa pessoa pareça, praticando a compaixão, acima de tudo, ou tentando, pelo menos.

Quando meus pensamentos enveredaram por caminhos tortuosos e profundos tratei logo de me ocupar com alguma coisa inútil. Foi então que lembrei do Sudoku no celular.

Joguei por três horas seguidas ao som de New Order (de novo, eu sei). Confesso que consegui terminar com êxito apenas quatro rodadas das muitas tentativas.

Enfim, Campinas. O ônibus chegou adiantado, eu estava num dia de sorte.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Vai entender ...




Faz tempo que não tenho inspiração para escrever. Por um lado é superpositivo porque significa que nada está represado na minha mente e também que tenho estado tolerante aos acontecimentos da vida.

Quando estou descontente com alguma coisa, cuidado, o menor comentário pode me tirar do sério, por isso mesmo eu posso ser classificada como uma pessoa insuportável àqueles que me conhecem além das praxes sociais, nessas, eu sou um amor de candura.

Pois bem, como estou em férias, nada me aborrece. Ou nada me aborrecia, até hoje. Eu posso considerar que minha perspectiva acerca do mundo e das intenções mudou com a proximidade da volta ao trabalho.

Mais crítica, e portanto, mais chata.

Nem assisti ao jogo do Corinthians, é certo que torci para que vencesse, pois todos a minha volta são corinthianos roxos, e venceu. Parabéns Corinthians, podem falar o que for, o título deste ano é seu.

Mesmo antes da partida final, os ânimos na internet estavam exaltados, torcedores defendendo seus clubes e denegrindo os demais. Até aí tudo bem, eu é que não vou ser hipócrita a ponto de condenar o achincalho do adversário. Acho até bem divertido.

Logo, não consigo entender os que reclamam dos torcedores adversos quando praticam exatamente as mesmas ações ou ainda piores.

Vai entender. A última e mais inusitada foi a de uma pessoa no Facebook, que reclamou que alguns dos seus adicionados estavam respondendo suas mensagens apesar de, pasmem, nunca tê-lo conhecido.

Ué, internet não é para isso mesmo?





terça-feira, 25 de outubro de 2011

Contra o Tempo


  
Numa certa idade a proximidade com a data do seu aniversário te remete a uma reflexão. Não digo a reflexão de uma vida, esta, acredito eu, só ocorre nos minutos que antecedem a morte.

O famoso filme que passa pela cabeça, perto do aniversário de quem já passou dos trinta, retrata o período imprescrito, ou um pouco mais, quem sabe.

Para mim tudo chega um pouco mais tarde. Acho que minha visão masculina do mundo se concretiza na demora em amadurecer.

Quando assisti Asas do Desejo não percebi de plano que o filme não sairia da minha cabeça. Percebi alguns sinais disso quando comecei a procurar aulas de trapézio.

Chegou a hora. Estou morrendo de medo.

Vou arriscar.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Apenas Falta de Educação



Hoje escutei de relance alguém dizendo, com orgulho, a seguinte frase: “Eu xingo advogado!”.

Extrema falta de educação, foi somente o que disse a ela.

No caminho de casa, para variar, fiquei matutanto o porquê de uma pessoa se sentir a vontade para xingar outra apenas pela sua profissão. Porque? Ainda mais pelo fato de eu estar diretamente envolvida na questão.

Imaginei pessoas me xingando do nada na rua, simplesmente por eu ter me formado em direito, ter feito minha inscrição da OAB e, hoje, sair por aí advogando.

Pânico.

Eu deveria, a partir de então, esconder minha profissão nas rodas sociais, mentir para os desconhecidos. Poderia dizer que era engenheira, professora, psicóloga, jornalista, acho que seria facilmente confundida com uma bancária. Mas e se fosse descoberta? Se alguém do trabalho me reconhecesse e denunciasse meu verdadeiro ofício?

Desisti.

Mesmo pensando na possível existência de grupos de extermínio contra advogados, resolvi que iria me assumir de peito aberto, mesmo com a possibilidade de ser maltratada na padaria.

Pus-me a pensar, novamente.

A princípio na colega sergipana que trabalha no Tribunal como serventuária da justiça, presta concurso para a magistratura, pratica Pilates e gosta de xingar advogados.

Ela disse que se sente a vontade para isso, mas será que se sente mesmo, ou falou acreditando na inexistência de causídicos no recinto?

Cheguei em casa sã e salva. Curiosamente, ninguém me disse palavras ofensivas no caminho.

PS: Penso em mudar o nome do blog para Má Contra o Mundo.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Um Espírito Superior

Estava eu na aula de Pilates, quando chega uma aluna diferente. Uma mulher com aquele tipinho Hippie da Oscar Freire e ar de sabichona.

Dentre conversas sobre alimentos orgânicos, horror à cultura de massa e coisa que o valha, nossa instrutora, ingenuamente, confessa que não sabe até hoje usar direito um computador, que não gosta da internet, que não participa das redes sociais,  etc.

Minha colega, com o rosto iluminado e olhos vibrantes, concluiu: “Eu sabia que você era uma pessoa de luz, um espírito superior na Terra”.

Ficamos estáticas, seria aquela mulher que praticava Pilates conosco uma líder espiritual em alguma seita alternativa? 

Eu queria muito saber como identificar uma pessoa espiritualmente superior, quem sabe para usar este poder para selecionar amizades ou em qualquer oportunidade em que eu pudesse classificar as pessoas e agir de forma preconceituosa com os classificados inferiores.

Espíritos superiores de um lado, inferiores do outro, simplificando a vida da galera que não tem esse poder.

Meus Deus, e eu? Em qual lado eu ficaria? Se ficasse no lado dos espíritos inferiores eu certamente questionaria o critério utilizado para a diferenciação. Se eu ficasse do lado dos espíritos superiores talvez não.

Geralmente quando estou em frente a pessoas que se dizem místicas, porque nem sempre são, fico em pânico com a possibilidade desta pessoa ler meus pensamentos.

Então fiquei em pânico, claro. Mass considerando que ela provavelmente lia meus pensamentos, resolvi esclarecer de uma vez por todas e perguntar o porquê. Porque, ali na aula de Pilates, nossa professora foi qualificada como um espírito superior? Enfim, qual o critério?

Então, veio a resposta. E acabando com a minha ilusão de estar junto a uma pessoa com tamanha percepção, disse, a mulher misteriosa, “Ah, porque a Tha não gosta do facebook”.

Simples assim, ela detonou minhas ilusões de conseguir o poder de diferenciar pessoas entre boas e más. Voltei ao status quo.

Na verdade, segurei fundo meu riso, queria gargalhar, rolar de rir, mas me contive. Imagine, se o nível espiritual de alguém fosse determinado pelo seu grau de intimidade com a tecnologia, Steve Jobs com certeza estaria com problemas.

Naquele dia, comprovei como existe pessoa louca no mundo, que sai por aí falando um monte de asneira, distorcendo valores segundo as suas próprias preferências.

Uma amiga postou no “Face” dias atrás “O mundo está ao contrário e ninguém reparou”, clássica do Legião Urbana. Instantaneamente pensei, “eu reparei”.

Adoro minha instrutora de Pilates, talvez ela seja mesmo um espírito superior, mas com certeza por outros motivos.

sábado, 8 de outubro de 2011

Maria Antonieta

Super recomendo.




  

A acupuntura



A acupuntura

Meu médico psicopata, digo, homeopata me receitou acupuntura.

Na sala 2, arranquei meias e sapatos, deitei na maca e aguardei. Uns minutos depois chegou o médico e corrigiu Sandra (a assistente parecida com a madona) imediatamente – “na próxima vez acomode-a na sala1” – e me enfiou  inúmeras agulhas, na cabeça, rosto, mãos e pés. Não senti uma agulhada sequer. Apenas a música suave e um soninho gostoso. A próxima é na sexta-feira.

Sexta-feira lá estava eu esperando para adentrar na Sala 1 e pra lá fui. Tirei minhas meias e sapatos, deitei na maca esperando pelas agulhas mágicas, quando fui alertada “Se doer muito você me chama que eu estou do lado da janela”.

E de novo a pergunta: Como assim?

Analisei os dados: Sala 1 + choques elétricos + intensidade + olhar piedoso = eu estava perdida, quem sabe num sanatório estilo “Bicho de Sete Cabeças”. Um pânico tomou conta de mim, queria sair correndo, mas tive vergonha. Melhor ter o cérebro fritado que demonstrar covardia!

De repente, o doctor com sua postura inabalável e sua touquinha cirúrgica (até hoje não sei porque, mas deve ter um motivo), mandou que eu colocasse uma faixa de elástico em volta da minha cabeça,  cobrindo as orelhas.

Eu estava deitada numa maca, descalça (com muito frio nos pés), o que eu poderia fazer senão obedecer?

Quando eu estava totalmente imobilizada fui questionada, “está sentindo um choquinho?”. Eu disse que não, porque não estava. Então, o sádico pingou algumas gotas de álcool na minha testa e recebi descarga elétrica total, eu quase pulei da maca. Enquanto eu gritava e me contorcia como uma cobra ele dizia: “jaja estabiliza”.

NÃO ! Não estabiliza ! E então, acho que por piedade, ele diminuiu a intensidade. Apagou a luz e foi embora.

Incrível, foram os 40 minutos mais relaxantes deste ano. Os choques, na verdade, eram ondas sonoras que entravam no meu cérebro parece que por osmose e eu escutava, bem baixinho, uma música oriental que me enchia de paz e de sono. Como se mais nada no mundo existisse, senão eu, meu corpo e uma soneira gostosa. Tudo inundado por uma sensação de sossego absoluto.

Ai que delícia !

PS: Depois de alguns dias descobri que não preciso tirar as meias.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Ouçamos com atenção os 'deles' e os 'delas' da TV Globo

Eu sou uma telespectadora assumida. Gosto de televisäo e gosto muito. Como näo poderia falhar, assisto novela de vez em quando.
Num desses dias em que faltei a um dos meus compromissos para ficar de boa em casa, eis que me chama a atençäo a dita novela. Uma daquelas cenas quentíssimas em que os personagens vomitam  discursos moralistas, quase sempre relacionando o dinheiro com a felicidade.
A relaçäo exaustivamente debatida na telinha segue sempre o mesmo sentido, para nos levar também a mesma conclusäo, que o dinheiro näo traz felicidade. Apesar deu discordar dessa máxima novelística, näo é esse o ponto mais irritante.
Irritante mesmo é a associaçäo do dinheiro à infelicidade ou até mesmo  à falta de caráter.
A cena nos mostra uma personagem de nome Dulce, mulher miserável e sofrida, cuja demosntração de dignidade e nobreza se concretiza em sua recusa ao convite do filho, novo rico, para que largue sua casa caindo aos pedaços para morar num Hotel de luxo, com todas as mordomias que a riqueza pode oferecer. Coitada.
Minha mäe adora Dulce e suas boas intençöes. Talvez ela näo tenha se lembrado que o autor do sermäo moralista escreveu o roteiro numa cobertura duplex de frente para a Lagoa Rodrigo de Freitas.
De qualquer forma nos rendeu alguns minutos de conversa fiada.

sábado, 10 de setembro de 2011

Eu AMO o ócio. Eu AMO a praia.


Eu amo ficar assim, simplesmente olhando a paisagem. Deve ser por isso que eu adoro praia. Porque posso ficar, simplesmente, olhando. Jericoacoara/CE

domingo, 4 de setembro de 2011

Céu de Baunilha

Tenho assistido muitos filmes ultimamente. Ontem, domingo, assisti dois durante a tarde. A noite, sem sono e enfadada, sucumbi à Fazenda 4. Os filmes eram bons: Ponto de Partida e Fitscarraldo. Semana passada, assisti O Último Tango em Paris, 1408 e outro que não me recordo o nome. Eu adoro cinema, no meu sofá.

Os filmes que uma pessoa assiste dizem muito sobre ela. A maioria das pessoas alegrinhas que eu conheço adora comédia romântica. Eu também queria adorar as comédias românticas, o príncipe no final do filme que, se não salva a mocinha de todos os males do mundo, a salva dos piores: pobreza e solidão. Para tanto, basta ser linda, mas muito linda.

Outras pessoas, que me intrigam, são as que não gostam de filme algum. Esquisito. Já eu, tenho uma estranha atração pela decadência humana. Quanto mais desastrosa for a história contada no cinema, maior será o meu interesse.

Um dos filmes que não tem saído da minha cabeça é o Vanilla Sky. Eu simplesmente amo este filme. Infelizmente, ainda não assisti a versão original, “Abre los ojos”.

Faz um mês, mais ou menos, que o revi. E o mesmo tempo que procuro na internet aquela cena que David (Tom Cruise), convidado a entrar no carro por sua ex-namorada Julie (Cameron Diaz), hesita, por uns instantes, mas aceita. Ele entra no carro, não obstante estar apaixonado por Sofia (Penelope Cruz) e temer a reprovação da nova namorada.

Certamente, David não sabia, nem nós, que aquele foi o momento que partiu sua vida em duas. O jovem lindo, rico cheio de perspectivas, dá lugar a um ser asqueroso, por dentro e por fora. Todos os seus amigos desaparecem, sua namorada perfeita idem, cai na mais profunda solidão e dali não sai.

Ele entrou no carro.

Quem me dera saber qual das inúmeras escolhas que fazemos é aquela que vai decidir o fracasso ou sucesso de nossas vidas, ou ainda ter a consciência das conseqüências dos nossos atos. Eu não tenho a menor noção das conseqüências dos meus atos.

O que nos conforta é saber que, a não ser que a escolha tenha deixado seqüelas tão profundas e visíveis como as de David, existe a possibilidade da mudança.

De qualquer forma, nos resta o sonho, não como o do filme, mas ainda assim lúcido.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O Médico Homeopata



Por Márcia Calarezi


Outro dia me indicaram um médico homeopata para me ajudar a parar de fumar. Eu nunca tinha tido vontade, de verdade, de parar de fumar. É que eu gosto, simples assim.

Mas a ideia da homeopatia e as coisas que me falaram do médico, um verdadeiro Hitler, me deixaram curiosíssima e não pude deixar de marcar uma consulta.

Liguei para o consultório e para minha surpresa havia um horário disponível no dia seguinte, uma desistência foi o que disse a recepcionista Sandra, uma fofurinha de pessoa que usa o penteado da Madona nos anos 80.

No dia seguinte eu estava lá. Adentrei ao consultório meio constrangida. Após as apresentações de praxe, a fatídica pergunta: o que te traz aqui?

O que me levou lá ? Curiosidade oras bolas!!!! Mas respondi: quero parar de fumar.

E então ele me encheu de perguntas e mais perguntas e mais perguntas, e quando percebi estava aos prantos no consultório. Típico da pessoa com emoções descontroladas, mas eu não sabia que passaria por uma sessão de terapia. Terapia eu já faço com a Dra. Ana, poxa.

Enfim, quando me percebeu descontrolada o Dr. pediu para que eu me deitasse na maca. Eu deitei. Depois para que eu levantasse a mão esquerda, e abrisse a boca. Eu levantei a mão esquerda e abri a boca.

Então ele me deu várias, mas váaaaarias gotinhas de compostos que eu não sei o que eram e, de repente, lá estava eu: nas nuvens, flutuando como uma pluma.

E flutuando nas nuvens escutei meu diagnóstico: Alcoolismo. Tem noção???? Eu tomo algumas cervejas no final de semana, e algumas durante a semana e só. Daí entendi o porque me disseram que ele é o Hitler, para os seus rígidos parâmetros uma cervejinha com os amigos toda terça e outras no final de semana pode ser considerado alcoolismo.

Tudo bem. Passou. Aceitei o desafio do médico homeopata que se acha o sabichão. Ele me deu uma lista imensa de remédios, homeopáticos é claro, inclusive tenho que tomar 8 capsulas após almoço e 8 após o jantar. As 8 capsulas diluídas são mas densas que o meu almoço!

E, o mais gostoso, acupuntura 2 vezes por semana. Essas foram as  recomendações.

Já faz 2 semanas. Só de pensar em cerveja tenho vontade de vomitar, mas continuo fumando. Acho que esse negócio de homeopatia dá certo.

Mas o lance da acupuntura fica para o próximo post, porque este aqui já deu!

Bjks

domingo, 14 de agosto de 2011

How did you know? I like this song !!!


Quando a gente fica em frente ao mar

Estar num lugar e querer estar em outro. Este parece ser o lema da minha vida. Quando estava em Bauru, queria estar em São Paulo. Em São Paulo, queria conhecer um lugar diferente. Mudei para Maceió, mas queria voltar para São Paulo. De volta à capital, após 4 meses já estava em Campinas.

E aqui estou pensando. É claro, em mudar.

Há alternativas, posso ir para Santa Catarina, local praticamente desconhecido, de lá só conheço Comburiu, no carnaval, aos 17 anos (experiência que não deve ser considerada para definir o Estado, não é mesmo?). A promessa de vida é em Florianópolis, a cidade dos sonhos de muitos marmanjos paulistanos. Outra possibilidade é voltar ao Nordeste. Pense numa saudade que eu estou do Nordeste (praia). Não me corrijam porque é verdade: a vida lá anda devagar.

Ocorre que por mais que eu me mude, por mais que eu pense que no outro lugar eu ficarei mais feliz, a verdade é que minha busca é interna. Esse é o chavão que me serve como uma carapuça, da qual eu não consigo escapar.

Hoje, eu mudei de apartamento, e com isso me sinto feliz.


“Certeza é o chão de um imóvel
Prefiro as pernas que me movimentam

...
A gente movimenta o amor
A gente que enfrenta o mal
Quando a gente fica em frente ao mar
A gente se sente melhor”

sábado, 6 de agosto de 2011

O Retrato de Dorian Gray


Bom, hoje acordei com um misto quente feito na hora, porém, difícil de mastigar, pois meu dente do siso, que deu para nascer AGORA, está doendo à beça. Eu não sei em que parte da conversa, ou da falta de conversa, o café de manhã na cama se tornou uma briga com direito a acusações recíprocas acerca de acontecimentos de, no mínimo, um ano.

Enfim, passada a confusão, com meu marido em São Paulo em busca do pão nosso de cada dia, a cada dia mais difícil, fui procurar o que fazer.

Ressalto que hoje é sábado, e que eu tenho bastante o que fazer durante a semana, mas hoje, como já disse é sábado, não tinha nada para fazer.

Nesse ponto eu invejo, e muito, os vigorosos, os dispostos. Sabe aquelas pessoas que não conseguem se imaginar uma tarde largada no sofá assistindo televisão. Pois então, sou o oposto.

Mas eu hoje estava realmente cansada de tanta tv e fui procurar outra coisa que me inspirasse interesse, quem sabe ler um livro. Então passeei pelo apartamento a procura deles: os livros.

Dentre alguns livros espíritas, outros como “Código Da Vinci”, “Marley e Eu”, encontrei um título totalmente inusitado para a minha prateleira: “O Retrato de Dorian Gray”. Duplamente inusitado porque tinha visto o filme do livro numa banca que vende DVD pirata na Praça da Catedral.

Fiquei intrigada. Será uma coincidência? Será o destino querendo que eu saia da frente da televisão, deixe os seriados tolos (mas muuuuuito divertidos) de lado e me aventure numa leitura do tipo “cabeça”?

Aceitei o desafio do destino, me aconcheguei na sacada, abri o livro e comecei a ler. Estava divertidíssimo, mas o sol começou a bater forte e me deu muito calor. Li o prefácio, a introdução e tive que parar. Culpa das condições do tempo.

Mas para que meus leitores não fiquem decepcionados, EU LEREI este livro e postarei neste blog as impressões de uma inculta lendo Oscar Wilde. 

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Apesar de ser o oposto, achei muito engraçado ...


Como ser intelectual na terra do Privilège

Por Eduardo Vanini e Carol Fellet

1 – Esqueça uma das maiores casas noturnas do Brasil. Por mais que esteja com vontade de dançar a noite inteira e ver gente bonita, lá é proibido. Se alguém cogitar ir a uma festa no Privilège, você deve mostrar repugnância e argumentar que lá é lugar de patrícias e maurícios, estudantes de instituições de ensino privadas, sem nada na cabeça.

2– Quando sentir necessidade de curtir uma balada, você deve se dirigir aos bares alternativos com pista de dança em seu interior. Geralmente, as festas são embaladas por DJ’s que utilizam recursos já mastigados pelos grandes centros. Dessa forma, você irá se divertir entre os “hypes” da cidade.

3– Os grandes eventos como Festa Country e Exposição são proibidos. Afinal, você é uma pessoa de opinião e detesta a cultura de massa. JF Folia é o maior pecado de todos. “Aquele bando de cariocas bombados pulando ao som de Cláudia Leitte representa o quadro de decadência da juventude brasileira”. Quanto às chopadas, são permitidas apenas as promovidas pelos estudantes dos cursos da área de Humanas. Mas não se esqueça! Quando tocar funk ou axé, por mais bêbado que esteja, você deve manifestar sua indignação.

4– O Independência Shopping ainda é permitido. Entretanto, você jamais pode ser visto sem uma sacola da Saraiva. Caso contrário, estará apresentando sinais de pobreza econômica e cultural.

5– Revistas como Piauí, Caros Amigos, Bravo e, se você estiver disposto, Cult devem ser lidas no Café Central. Lá é reduto das grandes mentes pensantes privilegianas.

6– Grifes como Osklen, Redley e Cantão devem ser evitadas. Os intelectuais da cidade são ligados ao melhor da moda “hypada”. Neste caso, as marcas mais indicadas são: A Mulher do Padre, Chico Rei e Colcci. As internacionais Adidas, Nike e Puma também são permitidas.

7– Internet banda larga é indispensável. Afinal, caso não conheça os últimos lançamentos das bandas alternativas internacionais surgidas diariamente, terá uma grande defasagem cultural.

8– Leia sempre as críticas de cinema e não se atreva a falar sobre um filme por conta própria. Os intelectuais privilegianos não pensam, reproduzem. A mesma fórmula se aplica para temas como filosofia, sociologia e política. Sempre leia textos (pode ser os discutidos durante a faculdade) com concentração suficiente ara decorá-los. Você só precisa reproduzi-los.

9– Você ama uma música e a escuta todos os dias. Virou tema de novela, esqueça.

10– Se for ao Theatro Central, use ao menos uma peça com estampa xadrez.

11 – Estágios são permitidos apenas aqueles ligados à cultura. Não ligue para outras oportunidades, elas não estão a sua altura.

12 – Não passou no vestibular para uma das melhores universidades do Brasil. Tente novamente. Afinal, nenhuma dessas instituições particulares como Unipac, Universo e Estácio prestam.

13 – A você que se traveste de intelectualzinho, algumas perguntinhas:
- Dá muito trabalho esse seu efeito plástico perfeito?
- Como você controla suas flatulências?
- Você tem a consciência de que tudo vira bosta?

http://verdadesdenossosmundos.blogspot.com/2008/07/como-ser-intelectual-na-terra-do.html

A notícia mais importante da semana -

"A atriz Ashley Olsen é flagrada sem maquiagem, fumando, na companhia de um amigo, do lado de fora do restaurante Ambroeus, durante um jantar no fim da tarde, em Nova York (12/7/11)"


http://celebridades.uol.com.br/album/20110711_album.jhtm#fotoNav=16
 
 
 
 

O poder do fast food

Hoje eu sucumbi e comi, comi meeeesmo um BigMac, batata frita e coca-cola. Amanha: só liquido.   


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Para Sempre Lilya - 2002

Pra Sempre Lilya

Por Márcia Calarezi
 
 
Sinopse: Filme de Lukas Moodysson, que conta a história de Lylia, uma jovem de 16 anos, que vive em um subúrbio da União Soviética. A mãe foge para os Estados Unidos, com a promessa de buscar a filha no futuro. Abandonada, Lilya passa por dificuldades. Começa a viver da prostituição, até que um namorado a convence a mudar para a Suécia com promessas de um futuro melhor.
Elenco: Oksana Akinshina, Artyom Bogucharsky, Lyubov Agapova
Diretor: Lukas Moodysson
Nome original: Lilya 4-Ever

Numa noite fria de julho, de volta ao sofá (e com a posse do controle remoto) depois de um dia difícil de trabalho/estudo/pilates, o que eu mais queria era assistir a algum besteirol americano. Não me pergunte como fui parar na TV Cultura. Foi assim que assisti ao surpreendente (?) “Para Sempre Lilya”. 

O filme conta a história da menina Lilya de 16 anos que, abandonada pela mãe (mais interessada em viver o sonho americano sozinha) se vê a própria sorte num subúrbio da União Soviética. Da vida miserável que restou, os poucos momentos de alegria, se é que podemos definir dessa forma, são os passados com o novo amigo de 11 anos Volodya. Como se a desgraça já não fosse suficiente, Lilya, iludida pelo novo namorado com a promessa de uma vida melhor na Suécia, ignora totalmente os alertas do amigo Volodya e cai na armadilha.

Surpreendente? A primeira vista não. A historia que o filme conta é uma das práticas mais antigas na sociedade: aliciamento e prostituição. O trafico internacional de mulheres.

O filme, que no começo segue pela crítica sutil, sentimentos fortes mas contidos, fenômeno típico dos habitantes da região gelada, de repente dá lugar a mais dura e pura realidade: a indiferença e oportunismo do ser humano, que somos obrigados a assistir nas cenas em que, repetidas vezes e por várias pessoas, Lilya, com 16 anos, é violentada.

Como disse, o conto é um velho conhecido nosso, o que nos perturba, na verdade e de verdade, nem é o aliciador, dele já esperávamos o pior. O que nos perturba mesmo, são as outras pessoas que passaram pela vida de Lilya, de quem esperávamos o melhor, ou até mesmo o normal. 

Até que ponto o ser humano é capaz de ir para atender aos seus mais gananciosos ou imundos desejos?

Talvez o filme mais forte que assisti depois de Dogville, no impasse final fui obrigada a concordar com com a protagonista: “Ninguém merece uma vida assim.”






http://tvcultura.cmais.com.br/mostra?d=2011/07/08

domingo, 31 de julho de 2011

...




Mas passeava por aqui: bom nao é????

Eu morei 2 anos em Maceió

Eu trabalhava aqui:

Pilates

Se tem alguma coisa que eu AMO é o Pilates, quero fazer isso.

Minha casa: objetos preferidos


A esperança da felicidade eterna


Cubo Magico: como resolvo a última fileira?



Meu acidente doméstico

Chorinho na Bene



Um dos meus maiores prazeres: Praça Benedito Calixto

Me conhecendo:

Minhas músicas:

Chico: sempre






E minha obsessao atual: NEW ORDER FOREVERRRRR

Escolhas

Acabei de perder todo o texto que escrevi.Droga !!!!!!!!!!!!!!

Era o meu primeiro. Que saco.

O que eu dizia era como me sinto imatura aos 33 anos de idade. O fundo do poço com certeza nao sao os 10 kg que ganhei durante 10 anos de vida, mas sim a pessoa que me tornei.
Nao que eu seja assim, uma pessoa tao desprezível, tenho emprego, sou casada, tenho amigos, graças a Deus! Mas nao me tornei a pessoa interessante que tinha certeza, aos 20, que me tornaria.
Passo os meus dias livres assistindo filmes, ah eu adoro!! Mas fico pensando nas coisas que sonhei quando jovem, como as viagens que nao fiz, os idiomas que nao aprendi, na pessoa que nao me tornei. 
Se alguem ler esse texto, cheio de erros gramatinais, pode se perguntar: Porque?
E eu respondo com confiança: Escolhas.

domingo, 1 de maio de 2011

Começo

2006: Peso: 53 kg
2011: Peso: 63 kg.

Cheguei ao fundo do poço. 10 kg em 5 anos. Preciso reverter esse quadro já!
Entao, resolvi criar este blog para ver o que tenho feito de errado.

Rotina:
Trabalho 8 horas sentada. Pratico Pilates 2 vezes por semana.
Bebo bastante, fumo, nao gosto de doce, me acabo em comida salgada, petiscos.
Durante a semana tomo herba life, mas nao tem adiantado, por isso a partir de amanha só comida no almoço.