domingo, 16 de dezembro de 2012

"É nóis"


Eu realmente não sou fã de futebol. Acho chato mesmo o sentar e assistir aquele bando de homens correndo, um narrando e outros criticando. Nada anormal, até outro dia a maioria das mulheres não gostava desse jogo. Só segui a regra.

Sou rodeada de corintianos, do meu pai ao meu marido, o jogo quando perdido significa tensão no ar. O que me fez por muitos anos ser uma torcedora indireta.

Mas recentemente tenho passado por uma experiência interessante.
Comecei a me incomodar. E isso se deve ao fato de eu não conseguir entender a liberdade com que se ofende o ser humano. 

Quando se trata de futebol, a histeria parece ser coletiva e os instintos humanos são expostos sem filtros, entre eles a necessidade incessante de desqualificar o adversário.

A pior forma de debate, a mais ralé, diga-se de passagem, é justamente a que desqualifica o oposto através de xingamentos ao invés de deduzir a opinião contrária em argumentos.

Como é fácil dizer que um desafeto é burro, que o texto do qual você não concorda com o conteúdo é mal escrito, ou que um silogismo seguiu a premissa errada. Aliás, uma coisa que me intriga é a constante qualificação do ser humano como falso, mas este é tema de outro texto.

São táticas fáceis, mas desonestas.  Mostre-me argumentos e eu respeitarei sua opinião, a regra é clara, como diz Arnaldo     Cezar Coelho.

Trazendo para o mundo futebolístico, a forma como muitas pessoas tentam desesperadamente desqualificar as conquistas do clube e os seus torcedores traduz o real caráter dessas pessoas e as táticas que usam no dia-a-dia, no trabalho, nas suas relações. Medo.

Felizmente, como comprovou Milton Neves, fatos contrariam os boatos. E por mais que se tente, como uma criança esperneando, dizer que o céu é verde, ele é e sempre será, com pequenas variações, azul.

Parabéns ao Corinthians, Bicampeão Mundial.  

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