sábado, 10 de setembro de 2011

Eu AMO o ócio. Eu AMO a praia.


Eu amo ficar assim, simplesmente olhando a paisagem. Deve ser por isso que eu adoro praia. Porque posso ficar, simplesmente, olhando. Jericoacoara/CE

domingo, 4 de setembro de 2011

Céu de Baunilha

Tenho assistido muitos filmes ultimamente. Ontem, domingo, assisti dois durante a tarde. A noite, sem sono e enfadada, sucumbi à Fazenda 4. Os filmes eram bons: Ponto de Partida e Fitscarraldo. Semana passada, assisti O Último Tango em Paris, 1408 e outro que não me recordo o nome. Eu adoro cinema, no meu sofá.

Os filmes que uma pessoa assiste dizem muito sobre ela. A maioria das pessoas alegrinhas que eu conheço adora comédia romântica. Eu também queria adorar as comédias românticas, o príncipe no final do filme que, se não salva a mocinha de todos os males do mundo, a salva dos piores: pobreza e solidão. Para tanto, basta ser linda, mas muito linda.

Outras pessoas, que me intrigam, são as que não gostam de filme algum. Esquisito. Já eu, tenho uma estranha atração pela decadência humana. Quanto mais desastrosa for a história contada no cinema, maior será o meu interesse.

Um dos filmes que não tem saído da minha cabeça é o Vanilla Sky. Eu simplesmente amo este filme. Infelizmente, ainda não assisti a versão original, “Abre los ojos”.

Faz um mês, mais ou menos, que o revi. E o mesmo tempo que procuro na internet aquela cena que David (Tom Cruise), convidado a entrar no carro por sua ex-namorada Julie (Cameron Diaz), hesita, por uns instantes, mas aceita. Ele entra no carro, não obstante estar apaixonado por Sofia (Penelope Cruz) e temer a reprovação da nova namorada.

Certamente, David não sabia, nem nós, que aquele foi o momento que partiu sua vida em duas. O jovem lindo, rico cheio de perspectivas, dá lugar a um ser asqueroso, por dentro e por fora. Todos os seus amigos desaparecem, sua namorada perfeita idem, cai na mais profunda solidão e dali não sai.

Ele entrou no carro.

Quem me dera saber qual das inúmeras escolhas que fazemos é aquela que vai decidir o fracasso ou sucesso de nossas vidas, ou ainda ter a consciência das conseqüências dos nossos atos. Eu não tenho a menor noção das conseqüências dos meus atos.

O que nos conforta é saber que, a não ser que a escolha tenha deixado seqüelas tão profundas e visíveis como as de David, existe a possibilidade da mudança.

De qualquer forma, nos resta o sonho, não como o do filme, mas ainda assim lúcido.