quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Ouçamos com atenção os 'deles' e os 'delas' da TV Globo

Eu sou uma telespectadora assumida. Gosto de televisäo e gosto muito. Como näo poderia falhar, assisto novela de vez em quando.
Num desses dias em que faltei a um dos meus compromissos para ficar de boa em casa, eis que me chama a atençäo a dita novela. Uma daquelas cenas quentíssimas em que os personagens vomitam  discursos moralistas, quase sempre relacionando o dinheiro com a felicidade.
A relaçäo exaustivamente debatida na telinha segue sempre o mesmo sentido, para nos levar também a mesma conclusäo, que o dinheiro näo traz felicidade. Apesar deu discordar dessa máxima novelística, näo é esse o ponto mais irritante.
Irritante mesmo é a associaçäo do dinheiro à infelicidade ou até mesmo  à falta de caráter.
A cena nos mostra uma personagem de nome Dulce, mulher miserável e sofrida, cuja demosntração de dignidade e nobreza se concretiza em sua recusa ao convite do filho, novo rico, para que largue sua casa caindo aos pedaços para morar num Hotel de luxo, com todas as mordomias que a riqueza pode oferecer. Coitada.
Minha mäe adora Dulce e suas boas intençöes. Talvez ela näo tenha se lembrado que o autor do sermäo moralista escreveu o roteiro numa cobertura duplex de frente para a Lagoa Rodrigo de Freitas.
De qualquer forma nos rendeu alguns minutos de conversa fiada.

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